Tag: bebe

Todos os bebês golfam depois que se alimentam, sobretudo quando mudam de posição ou quando o estômago está muito cheio. Isso acontece porque o conteúdo do estômago abre uma espécie de válvula chama esfíncter que separa o alimento do esôfago do estômago provocando a regurgitação ou golfo.

Apesar de todos os bebês golfarem, alguns golfam mais que outros. Isso pode ocorrer porque eles engolem ar durante a refeição e distendem o estômago ou porque são estimulados a brincar e se movimentar após a mamada ou raras vezes porque têm alguma doença.

Se seu bebê contrai a barriga e vomita, se junto com o leite tem rajas de sangue ou se não ganha o peso esperado para idade, pode ser que ele tenha uma doença e seu pediatra deve ser imediatamente comunicado. Quando já se sabe que o golfo não é uma doença, muitas famílias me questionam: Dr Heitor o que eu posso fazer pra reduzir a quantidade? Você pode fazer o seguinte:

1. Evite alimentar demais o bebê. Imagine o estômago dele como um tanque de água, se você encher demais vai transbordar. Para evitar isso, basta alimenta-lo em menor quantidade e com maior frequência. Isso acontece muito com meus pacientes prematuros cujas mães ficam ansiosas para que eles atinjam logo o catch-up e oferecem mais leite do que a capacidade gástrica do bebê;

2. Não faça brincadeiras nem coloque seu bebê de barriga para baixo logo após as mamadas. Espere uns 30 minutos para depois brincar com ele. Isso acontece bastante com meus pacientes com atraso do neurodesenvolvimento cujas mães ficam ansiosas por realizar os estímulos do recomendados nas consultas;

3. Coloque seu bebê para arrotar após amamentar. Essa é uma medida simples que apesar de não ter evidência científica comprovada, supostamente melhora o desconforto causado pelo golfo.

Por fim, lembre-se que quase sempre seu bebê será um golfador feliz e não precisará de remédio e sim de leite e carinho da mãe. Quem tem o golfado feliz em casa? Comenta aqui.

Dicas importantes para sua primeira consulta pediátrica

1. Sempre agende a consulta com antecedência para que seja possível realiza-la no tempo certo

2. Sempre que possível traga um acompanhante para participar da consulta, de preferência o outro cuidador que passa mais tempo com a criança: avó, babá, pai, irmão mais velho

3. Sempre leve o cartão do pré-natal e o cartão com os dados do nascimento

4. Leve o resultado os teste de triagem: coraçãozinho, orelhinha, pezinho e olhinho

5. Não esqueça de levar o cartão de vacina, mesmo que você ache que esteja “em dia”

6. Anote suas dúvidas. É comum, principalmente após o primeiro filho ter muitas dúvidas. Aproveite a oportunidade para tirar todas suas dúvidas, sempre que lembrar de alguma pode anotar e levar na próxima consulta

7. Leve sempre fraldas, será útil realizar pelo menos uma troca durante a consulta.

8. Se seu filho usa fórmula leve também a mamadeira para preparar na clínica caso seja necessário

9. Leve também os exames antigos que seu filho tenha e o nome e a quantidade de todos os remédios, vitaminas e leites que a criança toma

10. Peça sempre o telefone do pediatra para qualquer intercorrência poder entrar em contato

5 hábitos saudáveis nos primeiros 1000 dias de vida

1️⃣ Ofereça uma alimentação saudável
✔ Amamente seu filho
✔ Ofereça alimentos variados entre 6 meses e 1 ano
✔ Não ofereça leite em pó nem engrossantes antes dos 2 anos

2️⃣ O sono é importante desde agora
✔ Crie uma rotina de sono
✔ Evite brincadeiras agitadas antes de dormir
✔ Coloque a criança na cama ainda acordada

3️⃣Bebês ativos se tornam crianças ativas
✔ Realize passeio ao ar livre com seu bebê após os 2 meses de idade
✔ Realize os estímulos para sustentar o pescoço, sentar, engatinhar e andar indicados por seu pediatra
✔ Evite a superproteção, depois que aprende a andar seu filho quer descobrir o mundo

4️⃣ Evite telas
✔ Não permita que seu filho veja telas (celular, televisão) antes dos 2 anos
✔ Uso de telas pode fazer seu filho atrasar para falar
✔ Telas hoje = obesidade amanhã

5️⃣Filhos saudáveis precisam de pais saudáveis
✔ Não se culpe pelo que não deu certo
✔ Perdoe-se quando errar
✔ Faça o seu melhor e recomece a cada dia

A decisão para usar ou não chupeta é da família.
Cabe ao pediatra orientar sobre os riscos e benefícios baseados no conhecimento científico atualmente disponível.

O bebê já nasce com um reflexo de sucção que é importante e naturalmente desenvolvido para ajudar na nutrição. Além disso, esse processo tem efeito calmante, por isso quando a criança sente medo ou dor, o ato de sucção instantemente acalma a criança.

Toda mãe se recorda de algum momento de estresse como febre ou medo quando é oferecido o seio materno ou chupeta e logo a criança fica calma. Apesar disso o uso de chupeta quando usado de forma inadequada pode causar alguns prejuízos.

Pensando nisso, a decisão quanto ao uso de chupeta na infância deverá ser individualizado. Para ajudá-lo nessa decisão segue abaixo 6 recomendações:

1. Se você amamenta e optou por usar chupeta só comece quando a amamentação estiver bem estabelecida. Isso ocorre por volta da 3 a 4ª semana de vida

2. Não use chupeta após os 2 anos vida, pois a partir dessa idade, o uso de chupeta poderá alterar o formato da boca e o alinhamento dos dentes

3. Se seu filho tiver risco de síndrome da morte súbita do lactente ele poderá se beneficiar do uso de chupeta

4. Se optar por usar chupeta, em nenhuma hipótese use cordão pois ele pode sufocar o bebê

5. Esteja ciente de que ao oferecer chupeta ao bebê, ele poderá se tornar dependente e acordar a noite chorando caso ela caia

6. Se seu filho frequentar creche, não tiver amamentando ao seio ou conviver com adultos fumantes ele tem maior chance de ter infecção de ouvido e por isso é recomendado que você evite chupeta

Seu filho usou chupeta? Qual sua experiência com uso de chupetas? Comente aqui.

Criança com febre: pode ser o dente nascendo?

O nascimento dos dentinhos do bebê pode causar dor, irritabilidade e desconforto. Às vezes ele pode babar e ter um sono inquieto. Para aliviar pode-se utilizar mordedores gelados. Quando não resolver, o pediatra poderá passar algum remédio.

Os dentes começam a nascer por volta dos 8 meses. Nesse período há também maior risco do bebê ter infecção, por dois motivos:

1) Nessa idade a criança começa a engatinhar e logo depois a andar. Antes ela ficava no coloco e no berço, após conseguir esses marcos, ela passa a ter contato com o meio externo contaminado por vírus e bactérias;

2) Nessa época ocorre o período de transição alimentar e o bebê passa a ingerir menos leite materno devido a introdução de novos alimentos na dieta. O leite materno protege a criança de infecções, com menor consumo de leite, menor também será a proteção;

É por isso que justamente nesse período muitos pais falam: “meu filho antes era sadio, agora é uma doença atrás da outra” E a vovó complementa: “DEVE ser os dentinhos nascendo”. Porém, o mais correto seria: “PODE ser os dentinhos nascendo”.

É importante que os pais saibam que embora o nascimento dos dentes possa provocar febre, ela é baixa (sempre < 38°C) e quando a criança está com febre, antes de atribuir os dentes como o vilão, é fundamental que um bom exame pediátrico seja realizado para descartar doenças graves.

Ou seja, febre em criança não é os dentes até que se prove o contrário.