Síndrome Inflamatória associada ao COVID em crianças e adolescentes

Apesar da infecção por COVID-19 em crianças e adolescentes infectados ser assintomática ou leve, recentemente foi descoberto que algumas poucas podem evoluir para uma doença grave que acontece geralmente depois de ter sido infectada pelo coronavírus.

Essas crianças apresentam febre alta, manchas no corpo, olhos vermelhos, mãos e pés inchados e dor na barriga e vômitos.

Essa doença nova causa uma inflamação intensa, inclusive no coração. Quando a criança apresentar qualquer um dos sintomas dessa doença é importante que seja examinada por um pediatra e em alguns casos solicitado alguns exames.

Apesar de não ter nenhum tratamento comprovado até o momento, se diagnosticado precocemente existe a possibilidade de tratar com um medicamento chamado imunoglobulina, com objetivo de evitar complicações cardíacas como dilatação das artérias do coração.

Apesar de ser uma doença muito grave, com necessidade de internamento e até ventilação mecânica, a maioria das crianças sobrevivem.

Se seu filho apresentar qualquer sintoma da síndrome inflamatória, comunique imediatamente ao seu pediatra.

Coronavírus: Vamos proteger a saúde mental das crianças

Vamos proteger a saúde mental das crianças!

O diálogo eficaz por idade é o segredo para cuidar da saúde mental das crianças. Segue algumas orientações:

0 a 2 anos. Os pais devem estimular linguagem nos bebês pequenos, é necessário ficar atento para que a nova rotina durante a pandemia não atrapalhe o estímulo ao desenvolvimento da criança. Para os bebês maiores os pais podem aproveitar recursos lúdicos, como por exemplo músicas e figuras. Na internet existem várias canções sobre o tema.

2 a 5 anos. Nesta fase é interessante aproveitar a fantasia, uma opção é brincar de desenhar e pintar, através deles é possível ter ideia do que a criança pensa sobre o assunto. Além disso, elas não devem se sentir culpadas ou achem que a doença é uma punição por um mau comportamento. Os pais devem separar um tempo para tirar as dúvidas, nesta idade eles vão perguntar o porquê de tudo e ter a atenção dos pais para responde-las é fundamental para reduzir o estresse.

5 a 10 anos. Nesta idade é possível uma explicação lógica e direta. É importante que elas saibam que as pessoas estão se ajudando com atos de bondade. Fale sobre história de cientistas que estão ajudando pessoas e sobre as expectativas de surgimento de novos medicamentos e vacinas. Se houver medo de adoecer, é importante tranquiliza-las de que a maioria das pessoas não ficam doentes. Entre os colegas pode haver discriminação étnica. Para evita-la, explique que o coronavírus não tem nada a ver com a aparência de alguém nem de onde eles são.

10 a 18 anos. A preocupação maior dos jovens é com o afastamento dos amigos e do namorado(a). Na conversa com o adolescente, fale sobre várias opções para ocupar o tempo: assistir a um filme, ler um romance ou tocar um instrumento musical. Lembre aos seus filhos que eles podem ter outras conversas difíceis com você a qualquer momento, inclusive a respeito de seus sentimentos em relação a pandemia. Lembre-os de que você se importa com as emoções deles e está disponível sempre que eles se sentirem preocupados.

Como seu filho deve usar a internet?

Guia para lidar com a dependência de telas durante a quarentena

Baseado nas diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria, segue abaixo um guia com 10 passos para os pais gerenciarem o uso das telas durante este período de quarentena.

1. Criar regras para o uso seguro: definir tempo, local e como usar a internet

2. Ensinar a postura correta para sentar, com ajuste adequado da cadeira e mesa

3. Limitar o tempo de uso de acordo com a idade. O tempo máximo recomendado por dia é:
– Menores de 2 anos: não usar
– De 2 a 5 anos: 1 hora
– De 6 e 10 anos: 2 horas
– De 11 a 18 anos: 3 horas

4. Preferir usar telas em locais comuns da casa, ao invés de ambientes isolados

5. Proibir o uso durante as refeições para estimular a interação familiar

6. Não usar nas últimas 2 últimas horas antes de dormir

7. Oferecer alternativas: esporte, brincadeiras ao ar livre, cortar histórias, leitura

8. Observar com quem seu filho está se comunicando na internet além dos conteúdos acessados

9. Conversar com as crianças e orientá-las a nunca compartilhar senhas, fotos ou informações pessoais ou se expor através de webcam com pessoas desconhecidas

10. Não permitir o acesso a conteúdos com teor de violência ou pornografia

Lembre-se: nada substitui o contato, o afeto, o sorriso, a expressão facial e a voz da mãe

Pais e filhos juntos na quarentena

10 dicas da Sociedade Brasileira de Pediatria para Pais e Filhos juntos durante pandemia por COVID-19

1. Ensinar higienização das mãos para as crianças de forma lúdica

2. Conversar com o filho sobre a situação atual com linguagem simples

3. Oferecer um momento para criança expressar seus sentimentos e dúvidas

4. Realizar uma agenda de atividades: brincadeira, leitura, atividade física, sono

5. Evitar a dependência da telas, para isso é importante limitar o uso de telas (celular e TV) até no máximo 2 horas por dia

6. Inserir as crianças nas atividades domésticas, com cuidado especial quanto a acidentes e queimaduras

7. Realizar as refeições em família de forma alegre e prazerosa

8. Evitar expor a criança a conteúdos inadequados produzidos para público adulto

9. Realizar videoconferência com os avós, com conversas descontraídas para amenizar a saudade e tranquilizá-los quanto a boa saúde dos mesmos

10. Colocar o frasco de álcool em prateleira alta e trancada para evitar queimaduras