Criança com Crise de Birra

Você já presenciou uma crise de birra? A criança chora, grita, deita no chão, rola, bate a cabeça, dá socos, pontapés, xinga, morde, e as vezes chega até perder o fôlego

As crises se iniciam após a criança começar a andar, pode observar. A partir daí ela adquire certa independência. Ao mesmo tempo que tenta descobrir coisas novas, encontra um adulto reprovador. Algumas delas têm uma baixa tolerância a frustração e desenvolvem crises mais intensas

Alguns pais no meu consultório ficam frustrados por acreditarem que há alguma incapacidade em educar seus filhos. Entretanto é importante saber que várias crianças terão alguma crise de birra na vida. Desde que leves e não progressivas, são comuns e normais entre os 2 a 3 anos de idade. Costumam reduzir após os 3 anos e acabam após os 5 anos

Após os 5 anos, a criança não deve ter mais crise de birra, quando tem é um alerta para alguma doença. Outro sinal de alerta é quando elas são progressivas, ou seja, ao invés de melhorar com o avançar da idade, vão piorando

Examinando a criança durante a consulta é possível diagnosticar doenças cuja manifestação na infância é com crise de birra. Quanto mais cedo essas doenças são diagnosticas melhor e mais fácil será o tratamento. Tenho excelentes resultado com ludoterapia em algumas crianças pequenas. A necessidade e indicação do tratamento deverá ser feita analisando caso a caso

Os casos mais leves podem ser tratados pelos próprios pais. Segue abaixo 9 orientações práticas para os pais aplicarem no dia a dia:

1. Tente evitar as frustrações (coisas que desencadeiam as crises)
2. Evite o “não”, ele pode piorar as crises. Mas uma vez dado é importante não voltar atrás
3. Uma vez iniciada a crise, espere terminar, sem nenhuma interferência
4. Somente após término da crise, ofereça alguma recompensa (afeto, carinho, brinquedo, etc)
5. Evite que a criança presencie comportamentos de violência e nunca bata ou castigue-a por conta da crise, apenas ignore
6. Elogie e valorize as coisas que a criança faz fora da crise
7. Pai, a mãe, avó, babá e outros cuidadores devem ter a mesma conduta e postura frente as situações
8. Evite a superproteção
9. Evite ser perfeccionista com a criança

6 dias para o uso correto do fone de ouvido

Orientações práticas sobre uso de fone de ouvido

É muito importante que os pais estejam vigilantes quanto ao uso correto dos fones de ouvido para evitar que seus filhos desenvolvam perda auditiva no futuro. A seguir 6 orientações que ajudam na prevenção da perda auditiva:

1. Prefira que seu filho use fone de ouvido por condução óssea

2. Prefira que seu filho use fone de ouvido externo com redutor de ruído

3. Jamais permita que seu filho use o fone de ouvido em apenas uma orelha

4. Não deixe seu filho usar fone de ouvido andando na rua ou no ônibus

5. Dentro de casa prefira que seu filho use caixinha de som ou invés de fone de ouvido

6. Realize controle audiológico periódico na consulta pediátrica e do adolescente

Criança com febre: pode ser o dente nascendo?

Criança com febre: pode ser o dente nascendo?

O nascimento dos dentinhos do bebê pode causar dor, irritabilidade e desconforto. Às vezes ele pode babar e ter um sono inquieto. Para aliviar pode-se utilizar mordedores gelados. Quando não resolver, o pediatra poderá passar algum remédio.

Os dentes começam a nascer por volta dos 8 meses. Nesse período há também maior risco do bebê ter infecção, por dois motivos:

1) Nessa idade a criança começa a engatinhar e logo depois a andar. Antes ela ficava no coloco e no berço, após conseguir esses marcos, ela passa a ter contato com o meio externo contaminado por vírus e bactérias;

2) Nessa época ocorre o período de transição alimentar e o bebê passa a ingerir menos leite materno devido a introdução de novos alimentos na dieta. O leite materno protege a criança de infecções, com menor consumo de leite, menor também será a proteção;

É por isso que justamente nesse período muitos pais falam: “meu filho antes era sadio, agora é uma doença atrás da outra” E a vovó complementa: “DEVE ser os dentinhos nascendo”. Porém, o mais correto seria: “PODE ser os dentinhos nascendo”.

É importante que os pais saibam que embora o nascimento dos dentes possa provocar febre, ela é baixa (sempre < 38°C) e quando a criança está com febre, antes de atribuir os dentes como o vilão, é fundamental que um bom exame pediátrico seja realizado para descartar doenças graves.

Ou seja, febre em criança não é os dentes até que se prove o contrário.

Síndrome Inflamatória associada ao COVID em crianças e adolescentes

Apesar da infecção por COVID-19 em crianças e adolescentes infectados ser assintomática ou leve, recentemente foi descoberto que algumas poucas podem evoluir para uma doença grave que acontece geralmente depois de ter sido infectada pelo coronavírus.

Essas crianças apresentam febre alta, manchas no corpo, olhos vermelhos, mãos e pés inchados e dor na barriga e vômitos.

Essa doença nova causa uma inflamação intensa, inclusive no coração. Quando a criança apresentar qualquer um dos sintomas dessa doença é importante que seja examinada por um pediatra e em alguns casos solicitado alguns exames.

Apesar de não ter nenhum tratamento comprovado até o momento, se diagnosticado precocemente existe a possibilidade de tratar com um medicamento chamado imunoglobulina, com objetivo de evitar complicações cardíacas como dilatação das artérias do coração.

Apesar de ser uma doença muito grave, com necessidade de internamento e até ventilação mecânica, a maioria das crianças sobrevivem.

Se seu filho apresentar qualquer sintoma da síndrome inflamatória, comunique imediatamente ao seu pediatra.

Criança com falta de apetite

Aprenda sobre falta de apetite e conheça o comportamento alimentar em cada idade.

0-12 meses – Quando amamentado o bebê é quem determina o horário das refeições. Se ele faz xixi com frequência e ganha peso é um indicativo que a alimentação está adequada. Após introdução alimentar, o bebê pode recusar alimentos com acessos de fúria como forma de adquirir sua autonomia.

1-2 anos – Nessa idade quase todas as crianças diminuem o apetite, isso acontece porque elas crescem pouco, começam a andar e querem descobrir o mundo ao seu entorno, substituindo o interesse do alimento pelas novas descobertas. Uma ideia interessante é decorar o prato com desenhos para tornar a alimentação um momento lúdico.

3-5 anos – Nesta fase elas costumam querer escolher seus alimentos, é uma busca por autonomia. Desde que a alimentação seja nutricionalmente razoável, o ideal é respeitar suas escolhas e elogiá-la a cada novo alimento que aceitar. Pode-se incluir o pai neste processo com uma ligação comunicando a nova aquisição. O pai elogia a criança e o comportamento tende a ser repetido.

5-10 Anos – Nesta fase o desenvolvimento intelectual é intenso e a maior dificuldade é que a criança fala demais e não fica quieta para comer. O apetite melhora, quando não ocorre, deve ter erro alimentar, anemia ou falta de vitaminas. Nesta idade já podem ajudar no preparo dos alimentos e arrumar a mesa.

10-18 anos – Os adolescentes comem bastante, o motivo é o crescimento que nessa fase é muito rápido. Para crescer de forma saudável o adolescente precisa comer e dormir. Qualquer falta de apetite na fase de crescimento deve ser patológica até que se prove o contrário.

Muitas mães tem expectativa de conseguir remédios potentes para melhorar o apetite, entretanto, se a criança come pouco na opinião da família, mas cresce bem e o exame feito pelo pediatra é normal não há motivo para grandes preocupações. A consulta é fundamental porque em alguns casos há doenças que cursam com falta de apetite como doenças neurológicas, oncológicas e do sistema digestivo.

Seu filho tem falta de apetite? Comente aqui como foi sua experiência?

Segurança no meio rural

Se você vai levar seu filho à roça, sítio ou fazenda, veja esse texto com algumas informações práticas e úteis para o seu passeio:

1. Cubra todas as cisternas, poços e reservatórios de água para evitar afogamento

2. Deixe a criança longe de tratores

3. Guarde os pesticidas (venenos) longe da residência, em local trancado

4. Ensine seu filho a reconhecer plantas e animais venenosos

5. Use botas de cano alto para caminhar no campo

6. Mantenha a casa limpa, sem entulho, lixo ou tijolos, para evitar a presença de escorpiões ou outros animais peçonhentos

7. Coloque telas nas janelas para evitar a entrada de mosquitos. Se não for possível, use um repelente adequado para a idade da criança

8. Coloque ralos nas pias para proteger a casa de cobras

9. Ao entardecer, vede as soleiras das portas e janelas para evitar a entrada de animais

10. Aproveite a oportunidade para colocar a criança em contato com a natureza, ensinando sobre os animais e preservação do meio ambiente. Se puder tomar um chazinho da tarde com a vovó, melhor ainda!

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10 dicas rápidas para transportar crianças com segurança!

A seguir 10 dicas rápidas para transportar crianças com segurança:

1. Crianças de qualquer idade podem ser transportadas em carro

2. Todas as crianças com menos de 13 anos devem andar no banco de trás do carro

3. De 0 a 2 anos o neném deve ser transportado em bebê-conforto até atingir um determinado peso ou altura máximos permitidos pelo fabricante

4. De 2 a 4 anos a criança deve ir na cadeirinha até a criança atingir o peso e altura máximos recomendados pelo fabricante

5. De 5 a 10 anos o ideal é um assento de elevação, ele deve ser utilizado até a criança atingir 1,45 metros de altura

6. Adolescentes, após 1,45 metros de altura devem usar cinto de segurança em banco convencional. Se tiver mais que 13 anos pode ir no banco da frente

7. Somente após os 7 anos de idade uma criança pode ser transportada de moto

8. Sempre que transportar numa criança de moto, ela deve usar capacete

9. O ideal é que uma criança só viaje de avião a partir da 1 semana de vida

10. Mantenha o carro trancado e nunca deixe seu filho sozinho no carro, nem que seja por um minuto

Cozinha à prova de acidentes!

Como é realmente uma cozinha segura?

Você pode deixa-la à prova de acidentes!

A seguir você encontra 15 medidas valiosas para evitar acidentes na cozinha:

1. Instale grade de segurança na entrada da cozinha

2. Se for obrigado a deixa a criança na cozinha, coloque-a numa cadeira firme, encostada na parede e à vista de um adulto

3. Deixe seu fogão bem preso

4. Prefira utilizar as bocas de trás do fogão e vire os cabos das panelas para dentro

5. Não segure alimentos quentes com a criança no colo

6. Quando usar churrasqueira, fique sempre perto

7. Mantenha as velas e candieiro distantes

8. Use um portão de segurança na lareira

9. Instale alarmes de fumaça

10. Guarde álcool, isqueiros e fósforos, talheres, copos e pratos em armários fechados, longe do alcance de crianças

11. Mantenha os produtos de limpeza em embalagens originais e em armários trancados

12. Não use toalhas na mesa pois podem ser puxadas pelas crianças

13. Coloque protetor em todas as tomadas para evitar choque elétrico

14. Após os 5 anos de idade, envolva seu filho em atividades culinárias e ensine técnicas de segurança

15. Tenha o telefone do corpo de bombeiros em um local de fácil aceso

Você conhece alguma outra maneira de tornar a cozinha da sua casa mais segura? Comente aqui.

Compartilhe essas informações com outras mãe.

Para saber mais dicar de segurança veja na postagem anterior sobre sono seguro.

Filho adolescente


4 perguntas comuns sobre a consulta pediátrica do adolescente

1. Qual médico tem habilidade em realizar consulta com adolescente?

▪Pediatra que fez fellowship ou subespecialização em medicina de adolescência

▪Pediatra com expertise em atendimento ao adolescente desenvolvida através de programa de residência com disciplina de Medicina do Adolescente

2. Qual a idade para realizar consulta de adolescente?

▪ Dos 10 aos 20 anos de idade

3. Qual o período das consultas?

▪Início da puberdade: 3 em 3 meses

▪ Aceleração do crescimento: 4 em 4 meses

▪ Na desaceleração: 1 vez ao ano

4. Por que realizar uma consulta específica para o adolescente?

▪ Parte da consulta é feita somente com o adolescente para garantir o sigilo médico e permitir que o adolescente se sinta confortável para relatar suas queixas

▪São abordados assuntos diferentes da consulta da criança. Como por exemplo: sexualidade, drogas, relacionamentos, projetos de vida

▪ As doenças que acometem os adolescentes são completamente diferentes das crianças. Como exemplo: autoagressão, abuso de álcool e drogas, acnes (espinhas), ginecomastia e distúrbios menstruais

▪ É possível estabelecer um vínculo de confiança com o adolescente e a família, permitindo que o mesmo vivencie essa fase de modo saudável

Coronavírus: Vamos proteger a saúde mental das crianças

Vamos proteger a saúde mental das crianças!

O diálogo eficaz por idade é o segredo para cuidar da saúde mental das crianças. Segue algumas orientações:

0 a 2 anos. Os pais devem estimular linguagem nos bebês pequenos, é necessário ficar atento para que a nova rotina durante a pandemia não atrapalhe o estímulo ao desenvolvimento da criança. Para os bebês maiores os pais podem aproveitar recursos lúdicos, como por exemplo músicas e figuras. Na internet existem várias canções sobre o tema.

2 a 5 anos. Nesta fase é interessante aproveitar a fantasia, uma opção é brincar de desenhar e pintar, através deles é possível ter ideia do que a criança pensa sobre o assunto. Além disso, elas não devem se sentir culpadas ou achem que a doença é uma punição por um mau comportamento. Os pais devem separar um tempo para tirar as dúvidas, nesta idade eles vão perguntar o porquê de tudo e ter a atenção dos pais para responde-las é fundamental para reduzir o estresse.

5 a 10 anos. Nesta idade é possível uma explicação lógica e direta. É importante que elas saibam que as pessoas estão se ajudando com atos de bondade. Fale sobre história de cientistas que estão ajudando pessoas e sobre as expectativas de surgimento de novos medicamentos e vacinas. Se houver medo de adoecer, é importante tranquiliza-las de que a maioria das pessoas não ficam doentes. Entre os colegas pode haver discriminação étnica. Para evita-la, explique que o coronavírus não tem nada a ver com a aparência de alguém nem de onde eles são.

10 a 18 anos. A preocupação maior dos jovens é com o afastamento dos amigos e do namorado(a). Na conversa com o adolescente, fale sobre várias opções para ocupar o tempo: assistir a um filme, ler um romance ou tocar um instrumento musical. Lembre aos seus filhos que eles podem ter outras conversas difíceis com você a qualquer momento, inclusive a respeito de seus sentimentos em relação a pandemia. Lembre-os de que você se importa com as emoções deles e está disponível sempre que eles se sentirem preocupados.